Carlos Coelho por
Betina Moraes
Carlos Silva é o filho caçula do pintor de paredes Austregésilo Silva, seu Gésio
e da cerzideira e bordadeira Maria das Dores Auxiliadora de Jesus, Dona Dodô.
Seu Gésio e Dona Dodô criaram o menino Carlos em total liberdade com os seus quatroze irmãos.
Quando cresceu, quis homenagear seus progenitores sendo hábil em ambas as profissões e virou um exímio bordador pintor de paredes.
Em plena actividade como bordador recebeu uma grande encomenda! Ficou entusiasmado com a possibilidade de fazer seu pé de meia…
Pobre Carlos... Não sabia que sua cliente era na verdade a terrível e poderosíssima feiticeira Déborah, mulher desgarrada das páginas de Brumas de Avalon.
Tudo o que Déborah queria de Carlos era dar continuidade aos seus experimentos de genética, a clonagem e reciclagem.
A feiticeira prendeu Carlos em seu quarto para lhe fazer companhia nas noites frias do Castelo.
Com apurado gosto estético
e um tanto entediada,
a feiticeira estava convencida de que Carlos precisava de uma repaginada e o transformou no ser que mais admirava em fofura, estilo e elegância, o Coelhinho da Páscoa.
Como o feitiço só pode ser quebrado por um
Poema de Amor, a única saída para Carlos foi frequentar o
Diário de Letras II na esperança de atrair as atenções da fada
La Bela Moraes
e ver se consegue receber dela uns
versos de Amor a ele dedicados…
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