quinta-feira, 27 de setembro de 2012

VOLTEI!


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Enfim,
com as rezas e mandingas da mãe de minha vizinha, Dona Maria Selma Diaz Sanches Milon, uma mexicana porreira, recuperei o blog!
Espero que também o folego coelhal...
Venho e publico o que mais gostei de ler durante a ausência forçada.

(Quase que a rapousa pega o Coelho.... Ufa!)

PS: atenção, os versos do Fancisco ainda não foram publicados em lugar nenhum, salvo erro.... É exclusividade da Toca!!!


POESIA

nada acrescento
para ouvir o silêncio
musicar

este momento
mágico

de se fazer a Poesia!
Assim

PO(I)SEI

acrescento tudo
o silêncio ouvir assim
musical

momento feito
de magia

a fazer-se em Poesia!
Mim

POIS(O)

toca-me e retine
uma campainha suave
ao longe

chamo-me
e vou

até ao fim dum verso
R
 


ESPUMA

De uma hora para agora
só o branco me seduz,

da mistura de tudo talvez
só a síntese me acalme

ou me declame em luz
a voz facetada no cristal!

Do oceano tão intenso e azul
só vejo a espuma a espalhar-se

Ondinas santificadas na maresia
sacrificam as vestes prateadas

Fazem juras em meu nome, velam
as lágrimas, as dores, as ausências

Para que eu olhe sem medo
os nomes nos ossos submersos…

Sem aviso, sem Nau, sem rumo
os matizes esfumaçaram-se ao Sol

As corres se perderam no voo da garça,
ficou todo branco meu manto de mar.


Posses
 
Tenho sonhos de criança muito grandes para esse corpo de mulher.
E um sangue mudo a correr pelas veias.
Do ponto em que começa o silêncio até o deserto da escrita.

Tenho fotografias coloridas e em preto e branco.
E um registro imutável de memórias gravado em buscas.
Desde o encontro até a ausência.

Tenho beijos fora da boca afogados na saliva das saudades.
E a imensidão do tempo contra a pele.
Das manhãs que não encontraram as tardes e esmagaram as noites.

Lelena Terra Camargo

 

 

SOU EU


Um poema ensaiado
Ondulando no mar, batendo às rochas
Insistindo versos, afiando nas pedras
O gume cortante dos elos anelares.

bbrian