Caros e caríssimas.
Sou fã confesso de Eleonora Marino Duarte, poeta, boa de prosa, moça educada, sensível e de grande capacidade criativa.
Pois bem, ela tem um blog (O que é que há, Carlos Coelho? Um Blog não, são vários!!!) chamado ab immemorabili que, traduzindo o latim, significa: "Do íntimo do peito". Pela beleza do título já se pode perceber que se trata de um sitio onde as coisas são mais íntimas e as postagens têm uma conotação muito particular. Lá ela fala, com ficção ou realidade, não sabemos, da família, dos desejos, dos amores, do passado, dos ídolos, dos segredos.
Ao ler Eleonora, ou um dos tantos poetas e poetisas, escritores e escritoras do nosso vasto mundo, uma pessoa pode ampliar um conceito que mantinha fechado, entender um processo pessoal ou desvendar o que parecia um enigma.
Assim eu acredito, como médico e como leitor. Então me ocorreu que aqui pode ser um espaço onde eu vá colocando o que leio e dizendo o que penso sobre, sugerindo de alguma forma, uma interação sobre um tema. Que acham?
No post que destaco aqui, do blog que escolhi, a poetisa fala da manifestação de Eros, da extroversão dos desejos introjectados e da manifestação da libido, isto tudo no feminino, e eu acredito, plural. Achei muito oportuno o texto para trazer à tona um tema que ainda hoje causa confusão no entendimento entre homens e mulheres: Entender que as mulheres têm a mesma capacidade de desejo contida em nós, os hombres... e que teimamos em achar que não, que elas precisam de menos de sexo do que nós, que desejam corpos menos do que nós, ou que têm menos reações físicas do que nós. Tolos, é que somos, no mínimo. O Sexo, o desejo, a manifestação da libido, é absolutamente igual em homens e mulheres, quimicamente falando, apenas as necessidades biológicas são diferentes. Falando muito superficialmente, porque aqui é um blog, não um seminário do Instituto Kinsey...
De que valem as leituras?
Como terapeuta, aprendi que as pessoas podem e devem ser motivadas a ouvirem "conselhos" vestidos em música, literatura, poesia, cinema.. Um indivíduo que está passando por um problema de ordem emocional pode sim ser tocado por um tipo de consciência sobre si e sobre os seus conflitos, apenas ouvindo uma canção do Bob Dylan, vendo um filme do Capra ou simplesmente observando um quadro de Hieronymus Bosch. A arte manifesta uma alma própria que pode tocar a nossa alma e a curar, sem que haja interferência de qualquer método terapêutico ou farmacológico, e neste sentido eu reitero a minha a Fé na Arte e na sensibilidade das pessoas, o que é um bom motivo para eu adorar aos poetas.
Vou passar a associar a minha atividade terapêutica ao que vou lendo aqui e ali e trarei para cá, usando este espaço de partilha para promover entendimentos sobre questões de nossa alma. (É ousado? É, é sim. Eu sou ousado.) Mas é só a tentativa de um debate soltinho, sem termos técnicos, sem muito guere-guere e paetê.
Sugiro então a leitura, observando os aspectos que ressaltei, do post abaixo selecionado.
Boa Leitura.