sexta-feira, 10 de agosto de 2012

CORRESPONDÊNCIA: PLANETA DIÁRIO

Lois,
Já temos mais uma coisa em comum, eu também estou de férias. De férias ou a trabalhar, o mono do PC atrai-me relativamente pouco. Mesmo apesar de me permitir falar com você e com a restante família, seu pai incluído.
Considere que os símbolos, não sendo partilhados, funcionam como sinais para quem não os conhece, perdem parte da carga expressiva que têm.
Respondo com um texto de ontem, esperando te divirtas imaginando como as peças se juntam formando um padrão. No nosso caso, deixemos as perguntas e respostas darem lugar a notas e entradas de diário.
Vais reparar, meu Diário, de diário só tem o nome e uma regularidade que, mais ou menos, quando está a funcionar, é diária.
Tua experiência de Itália é determinante, sem ela não conhecerias a G. Não a desenvolveres, é não devolveres ao Passado a possibilidade de o passar ao Futuro, através dum Presente do qual te podes, nos podes, fazer presente.
Quanto ao presbiterianismo, se me quisesse converter, o que tinha de fazer? Não, não respondas, fica a pensar… Só por causa de te estar a conhecer, ir-me-ei informar. Até por querer conhecer melhor tua mãe e avó, materna, se não estiver em erro. Mesmo errando, o pensamento é errante, ainda não falaste da avó paterna. Como deves calcular, sendo portuguesa, ela me deixa com mais cruzamento de referências se dela falares.
Último ponto e muito curioso, a tua ideia, impressões sobre os portugueses, sua forma de se relacionarem e exprimirem. Não a tendo através de teu pai, não sei onde a foste buscar. Devo dizer que somos como toda a gente e mais que a maioria das gentes, gente que se adapta e varia muito. Felizmente tenho uma boa impressão global, geral, pessoal, isto até chegar à auto-estima. Se não te sentisses segura, confiante e à vontade, evitarias partilhar uma visão negativa. Como calculas, fico curioso de saber como a obtiveste. [«Os Portugueses, me desculpe se eu te falar uma coisa que não vai gostar, são um pouco castradores, não gostam de espontaneidade… Pelo menos não como os brasileiros e os italianos. Os portugueses são também um pouquinho grossos na forma de falar.»]
Como vês, acabamos por centrar tudo no umbigo. A escrita é um belo dum cordão umbilical, com a língua a beber do “inconsciente colectivo” ou do mais que se queira, saiba ou julgue saber. É muito bom pensar, como estamos a falar um com o outro? Estarei a pensar o que ela pensou, quando penso o que ela disse? Isso acontece voltando ao Passado, ou projectando um Futuro, onde imagino uma resposta: afinal o que é o Presente no momento da leitura? Crendo eja esta resposta… quero que ela te chegue no mesmo exacto tempo, o tempo do Presente. Aguardo o presente da tua resposta, curioso de como ela se desenvolva.
A jornalista tenta obter do Clark elementos que a permitam relacionar com o Superman, mas descobre como afinal também ele é apenas um jornalista. A boa pista fica por conta do “apenas”, apenas?...
Já não irei procurar o texto de ontem, poderá ficar para uma próxima resposta onde queira ser mais breve, serve? ;)
Beijus ))

Acho que já sei o que significa o símbolo! 
Uma expressão facial, um sinal e_motivo…



Clark, ;)
Acertou mesmo sobre o símbolo! Foi a sua visão de raio X, tenho certeza. A minha intenção era mesmo a de partilhar o símbolo, como faço no MSN e etecetera, mas aqui no PC do meu pai, sei lá, vai saber! Escrevo no Word e ele copia e cola no Blog, então acho que o símbolo se transforma, criando um misterioso objeto não identificado. J. Para que os leitores da Toca do Coelho não fiquem sem resposta, o símbolo era um simples e simpático smile :). Simplesmente.
Eu nunca te podia converter ao Presbiterianismo, pois nunca se convertem ateus convictos, já sei disso, nem tentaria. A religião é uma coisa muito íntima e nunca se deve interferir nas escolhas das pessoas quando são feitas baseadas em crenças e convicções. Aprendi na aula de Filosofia a gosto desse princípio. Mas se eu te fosse converter, se por acaso você um dia acordasse e pensasse que quer ter uma religião, eu te diria: Vem para a Igreja Presbiteriana, tem boa Música! ;).
O teu diário é diferente do meu. No seu existem coisas sobre você e no meu existem coisas sobre os outros. No meu eu falo o que penso sobre os outros e é a única coisa minha que tem, o pensamento sobre outras pessoas. No seu você expõe pensamentos dos seus personagens que correspondem ao seu pensamento sobre as coisas da sua vida. Acertei?
Minha avó paterna é um capítulo  muito legal, posso deixar para o final, se houver final? :)
Minha impressão sobre os portugueses é muito prática, quando estou com a minha família em Lisboa e andando por lá e indo aos lugares, eu sou tratada de uma forma abrutalhada de que não gosto. Meu papi diz que os brasileiros me mimaram e eu acho que pode ser isso, pois aqui as pessoas abraçam, beijam, são afetivas, deixam a gente participar da vida delas… Em Portugal até os casais são esquisitos. Minha mãe mesma não acha grande graça quando viaja pois ela e meu pai vivem grudados um com o outro lá (aí, eu acho, rssssss) as pessoas ficam reparando neles como se eles fossem alienígenas. Meus primos são machistas, meus tios são machistas, meu avó, segundo marido da minha avó portuguesa, é tão machista que dá vontade de bater nele. heehheh. Acho que na Itália e no Brasil as pessoas sabem ser amigas e unidas, são gentis (mais no Brasil do que em qualquer outro lugar) e doces. Eu gosto de gente que é doce e meiga. :)
Ah e muito importante, quando eu falei “grossos na forma de falar” eu quis dizer rudes, brutos, mas são muito cultos, obviamente.
Quanto a meu diário, se você puder me falar do Francisco, eu agradeço, se não poder, fala usando o Clark como fachada mas me dizendo na verdade do Francisco. ;)
A primeira pessoa que registei no meu diário foi:
“Toma café com pão duas vezes por dia, gosta de banho e tem pesadelo com gato. Tem um forte cheiro de cebolas e um sorriso muito bonito. Não lê jornal e gosta de novelas. Não tem o pai e a mãe foi presa quando ela era pequena, tendo sido criada por uma tia, irmã da mãe. Tem problema de sobrepeso, mas isso faz ela ser aconchegante e muito quentinha. Não fuma e a música preferida é samba e pagode. Onde mora tem gente boa e má, mas a gente má maltrata a gente boa e isso deixa ela furiosa. É muito bom comer o feijão que ela faz e ouvir ela cantar na cozinha.”
Não posso revelar os nomes, por causa de invadir a privacidade, mas está aí a primeira pessoa para quem escrevi. Deixei o primeiro parágrafo. Quer escrever uma história sobre ela?
Gosto de falar com você. :)
Beiju.

59 comentários:

  1. Loise, desculpa a intromissão.
    Me encantei pela sua primeira pessoa. Me encantei com sua capacidade de sentir o calor humano nosso.
    Concordo quando diz que a fé é algo muito íntimo e ninguém muda.
    Ler você e o Poeta tem sido prazeroso.
    Beijos nos corações!

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  2. Eu, como pai da peça rara, só posso lhe dizer uma coisa bbrian, a menina está se saindo muito bem pois não é todo o mundo que cativa ao poeta Francisco.
    Por outro lado, é um facto que o ppoeta Francisco é uma simpatia! Veja, abrir espaço para corresponder-se com minha filha, fazendo das cartas peças de literatura é confirmar o talento que já sabemos ser parte dele e ainda nos dar a ver a versatilidade de um escritor, que vai bem no diálogo comigo, consigo e com quem mais apareça, fazendo da escrita um balé democrático e dinâmico, que prova o valor da palavra como obra máxima da criação humana.
    Emociona-me deveras.

    Loise pede que lhe diga:
    bbrian, você é muito carinhosa,
    beiju pra vc. :)

    e eu complemento, amiga,
    beijinhos mil.

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    1. Oi CC, um olá de cá!
      Seu toque emocional no que diz(es) através do que escreve, me cativa! Grande abraço!!
      Já publiquei parte da resposta à Louíse, Loise, Lois... vamos ver como me saio, no dia em que mais desenvolvi a resposta. Quantidade não é qualidade, embora seja uma qualidade intrínseca... No caso, tenho o maior gosto em partilhar a escrita, para sair da ilha onde ficamos se usamos a escrita como uma realidade abstracta onde se faz... arte?
      Se cuida, vou transformar Clark em pai da filha de Lois, sendo ela a representar-se... Uma história rocambolesca, está quase aqui.

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    2. Coelho, viu porque eu sempre falei isso? Nunca foi endeusar mas reconhecer o talento e a generosidade deste Grande Poeta.
      Diga a Loise que eu fico adimirada com a inteligência dela e os carinhos eu sou assim mesmo. Acho a melhor coisa do mundo acariciar as pessoas.Beijos nos corações!

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  3. Lois(e),
    Entre o escolher e o assumir uma personagem, há uma diferença substancial. Na escolha, encontras-te em algo anterior à assunção, ao assumir o tempo muda, entras no depois.
    A partir do momento em que tens uma personagem, tudo muda, o universo versa a personalidade a dar à personagem, (a) tua nova personalidade.
    Ao quereres conhecer a minha família desafias a minha imaginação, transformas-me em ficcionista. Sendo tão amiga e admiradora do teu pai, cá vai a revelação: - Sou o teu pai!
    Pese embora esta fala, o teatro só existe na medida em que para ele se escrevem Peças. Diálogos elaborados, pensados com comédia, drama, tragicomédia, nada parecido com o nosso diálogo… Esta correspondência é muito mais parecida com uma novela, a qual vamos escrevendo em folhetins.
    Em breve me irei concentrar em responder à tua carta, por enquanto encontro-me neste “clima de revelação”. Vou dando pistas subliminares ao teu pai, é ele quem gere o nosso folhetim. Espero e acredito não sejas uma menina desconfiada, essa espécie de malícia intelectual só vem como forma de defesa, a qual te põe de sobreaviso e defende das surpresas. Muitas vezes, as surpresas agem como formas de agressão do meio, na pessoa das pessoas com quem tens de lidar. Potencialmente, uma correspondência com um desconhecido, é um perigo! Salva_guarda-te… (eu ser) teu pai :)
    Um Professor de Matemática e Ciências da Natureza, assumindo a natureza de actor e fazendo-se passar por psicólogo, não é perigoso? É. Moderadamente, de forma completamente moderada! Por teu pai. Este tópico ficará por conta da publicação onde nos conhecemos, a anterior.
    Agora é a vez de ter de me dedicar a responder á tua carta, numa versão muito breve já dei uma resposta. Fiz-te a vontade, escrevi imaginando teres escrito sobre uma empregada de teus pais em que depositas muita confiança e amizade. Vê o que deu:…
    http://diariodedetrasii.blogspot.pt/2012/08/planeta-diario.html

    Não fiques confusa, o teu pai é o teu pai, eu sou uma revelação! Já imaginastes se eu fosse o teu pai!? Ele continuava português, eu português continuava, tudo …ava. A partir dessa matriz, tudo é o MATRIX; nada de espantoso. O espanto, depois de assimilado, é a matéria-prima duma surpresa diluída pela realidade.
    Para quem nos lê, ninguém sabe quem é o teu pai a não ser pelo que ele escreve e pela forma como o faz. Repara bem, acontece comigo exactamente a mesma coisa. Não acabas de nascer para esta escrita? Prepara-te para o resultado, só tu sabes o que o leitor não sabe. Antes de me responder, antes de escrever, sabes tanto como o leitor.
    Dei-te muita leitura, já percebes agora como a tua mãe estava certa, embora tenhas feito muito bem em a convencer. Continua a ser a minha convicção :)
    Beijus

    Deliberadamente, quero ver se convenço o teu pai a deixar que tenhas um perfil do Google. Creio passa apenas por criares um email, usando o gmail. Dito isto… pode e deve parecer estar a convencer-te a ti.

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    1. Deliberadamente deves convencer a mãe..rsrs
      Já lhe dou uma dica, nunca pela manhã, nunca se ela estiver guiando em São Paulo. O melhor é levá-la a um filme do Bergman e lhe comprar bombons caseiros da Vila Madalena, depois de dizer-lhe que seu cabelo está lindo e que se lembra da primeira vez que a viu... Rsr
      Ou, deixar que a Loise a "perturbe" tagarelando enquanto ela estuda um processo bemmmmmmmm difícil....
      Fiz a minha parte, amigo, facilitei as suas opções lhe indicando o caminho das pedras.
      Estamos em férias, Loise está lotade de actividades com os familiares que vieram de nossa boa Lisboa... Está um tumulto só aqui em casa, mas a rapariga vem dar o ar da graça.
      Abraço.

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  4. Lois,
    (a trabalhar infiltrada no blog do CC)

    Estava na cara :))
    Foi interessante debatermo-nos com a importância dos símbolos, antes de escrever esta resposta, estive publicando no Diário. Se leres lá, deves considerar como um preambulo a esta leitura, tendo como “pano de fundo” tua carta. A qual passei para o Word, onde agora, depois de seu primeiro parágrafo, grafo em palavras a música razoavelmente desritmada dos batimentos desta escrita feita no teclado.
    Me deu música gostosa nestas suas considerações, vou deixar as minhas. O ateísmo é uma crença que não me convence, nem muito nem pouco, não convence nada. Nenhuma crença se pode basear na afirmação de ser contra algo que não existe, ou que reconhece como inexistente. Nunca por nunca me daria por ateu, escolheria “outras confissões” caso tivesse que responder a um inquérito. A minha única religião é a Poesia, enquanto crença, possivelmente serei o seu único seguidor. Para um poeta, a ideia de ser único nada assusta, acredito seja inspiradora inspiração. Nada tendo de fundamentalista, aceito inscrições! :)) Fé é, logicamente, nesta religião não revelada, nem institucional, a poesia. Poesia/poesia, não se trata duma despromoção… é a passagem da ideia para a sua vivente sensação!
    Na verdade no teu diário estará o que penses lá pôr, se o deres a ler, passa a estar lá tudo que cada um dos teus leitores lá conseguir encontrar, pôr, tirar… nunca saberás ao certo! Razão tem a tua mãe em te pôr de sobreaviso, razão tens tu e teu pai, nada nos protege da ignorância. Apenas uma coisa a minimiza, a experiência de combater contra ela.
    O meu diário é diferente do teu? Com base no teu argumento «No meu eu falo o que penso sobre os outros», o meu é exactamente o mesmo. Sendo que, no meu, eu também sou um outro, aquele que escreve. Aqui um repórter do Planeta Diário, um destaque dado pela argúcia de teu pai!
    Destacar ainda «pensamento sobre as coisas da sua vida», isto é óptimo para, voltemos onde estamos, para… ver o que escreves sobre o teu diário: «No meu eu falo o que penso sobre os outros e é a única coisa minha que tem», é tudo o que podes dizer de ti, mostrar o que registas do mundo, dar a ver o que vês e como vês.
    Fica prometido, vamos marcar um final para o final deste mês de Agosto. Depois, aqui, começa um novo ano lectivo. Faço questão de começarmos um novo ano, para quê? Primeiro para termos notícias da tua avó paterna, de quem sei que irei gostar ;) Segundo, terceiro… a melhor maneira de falares de ti é falar do que fazes, acrescentas essa faceta ao teu diário aqui… no Planeta Diário, fazendo uma reportagem sobre a filha do Superman. Vais ver, vamos ser os responsáveis por uma nova saga sobre o super-herói.
    (continua)

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  5. (continuação)


    As impressões nunca são coisas práticas, só a forma como lidamos com elas (o) pode; dou-te toda a razão, pode ser prática e sim_pli_ficada… Gostei de ler, registando a descrição, mesmo se ela só confirma as impressões que já tinhas transmitido. Concordo com o teu pai, que mais poderia ser :))
    Quando entras no pormenor final «eu quis dizer rudes, brutos, mas são muito cultos», sou obrigado a fazer um reparo: ser culto é ter cultura, ser rude e bruto é ser inculto em termos de delicadeza. Pode dar-se o caso de não estares habituada a uma cultura que pode ser diferenciada? Pode e é, agora tens de ver: «Meu papi diz que os brasileiros me mimaram e eu acho que pode ser isso»...
    Sobre os mimos, muitos, quase todos, gosto de ser mimado :) só nos fazem bem. Só nos farão mal quando nos afectam o sentido crítico, tornando-nos preconceituosos. Está visto que tu não és preconceituosa, quanto às impressões, são tuas e tens de viver com elas. Uma coisa é certa, já reparaste que a tua presença tem influência nas observações que fases? Quem sabe, se teus tios te lerem, vão passar a ser uns doces! :) Ainda por cima, uns doces cultos :))
    Minha amiga, já deves ter percebido, não uso fachadas, o rosto das palavras é a expressão que tu lês, esse é o Francisco como tu o vês. Será a personagem secreta do Clark, infiltrado em Portugal? Assim como a Lois se infiltrou, no Brasil? Depende da nossa reportagem, mantemos os personagens??
    Imaginei uma empregada que conheces diariamente, chega e toma o pequeno- almoço, ao lanche lancha e despede-se até ao dia seguinte? Pelo facto (fato aí) de ter sobrepeso, não acredito muito na minha interpretação. Mas agrada-me, imaginar que pudesse ter sido uma espécie de ama «aconchegante e muito quentinha», isto deve distrair-te com a perspectiva em que tu própria vos verás… Gostaste da aliteração «vos verás»? :)) Quanto à imagem… sei que vais gostar e ela… também?
    Escrevi uma história sobre ela, bem maluca!...
    Também gosto de falar contigo. ;)
    Beijus

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  6. Que delícia de texto.
    E eu que passei anos a olhar céu pra ver se via uma capa voando rsrs
    beijoss

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    1. Queridinha Bípede,
      saiba que o vosso estomago estava valendo prémio aqui na toca e eu havia prometido comê-lo com tremoços se tu não viesses!
      Veja que tal sentença foi proferida na postagem anterior. Mas como és fofa e muito gentil, vou abrir mão da refeição e lhe perdoar. Rsrs

      Beijinho.

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    2. BF
      Está escrevendo em verso - uma prosa, p_rosa!
      Beijinho outro :)

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    3. Coelho, é que fui atingida por uma cajadada bemmmm grande , daquelas que nos faz cair do corpo.
      Mas já estou quase que nele todo de volta.
      Quase.
      Beijoss :)

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    4. Tadinha...
      Estás então livre da sentença, eu vos liberto! Rs

      Mas já reparastes que sou um camarada chato, daqueles que cobra afecto. Eu cobro, sem problema nenhum. Se gosto fico coladinho ao pé, pedindo carinho e dando um caminhão cheio de gratidão de volta... Rs vai acostumando, dona moça.
      Fico contente por estares melhor.
      Beijinho.

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    5. Coelho,
      Tenho me esforçado!
      Devagar se vai ao longe, dizem.
      Entáo, tenho andado pé por pé pra não tropeçar tanto.
      Beijos e bom dia :)

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  7. vai se desenvolvendo um diálogo que encanta pela fórmula lúdica assumida pelos dois escritores: Loise, que nos diz não pretender ser escritora mas que está a construir uma história
    e o Poeta Francisco, que com bem disse o Coelho,«vai fazendo das cartas peças de literatura».
    duas coisas me impressionam na correspondência, a disposição para o diálogo e a abertura das páginas dos diários de ambos, que poderia ser secreta mas está a ser exposta para o nosso prazer como leitores.

    está sendo uma experiência gratificante acompanhar.

    Lois e Clark estão na primeira página de notícias!

    um beijo, Loise,
    um beijo, bbrian,
    um beijo, Coelho,
    um beijo.*. Francisco.

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    1. Peguei o meu beijinho, querida.
      Outro para si.

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    2. Oi Coelho, puxe dos galões... seus outros autores, as autoras, estão fazendo falta, pelo menos isto tem de ser dito! Imagine dar destaque aos desafios, do Diário de Lois(e):

      «Pessoa 26
      “Escreve bem em inglês, mas fala muito mal por causa do aparelho recente nos dentes, isso impede a pronúncia correta. Ela fica com vergonha na aula e não quer dizer os textos em voz alta. Está ficando com as notas muito baixas. Cora com facilidade é muito tímida. Chamei ela para ser minha melhor amiga. Ela aceitou! Me contou que quando o pai saiu de casa a mãe chorou um dia inteiro e ela penso que gostaria de saber se chorar poderia matar uma pessoa. Fez uma pesquisa na Internet e descobriu que existe a hipótese de haver um desgaste do canal lagrimal e ele ressecar, passando a pessoa a ter se usar lágrimas portáteis. Fiquei meio chocada e meio fascinada com o termo “lágrimas portáteis”…
      Senti o que se define no dicionário como compaixão.”
      »
      Grande abraço!
      Um beijo escrito, bonito/gostos(o)... (*) EMD

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    3. Tu gostastes, musa das Musas?
      Que bom!
      Já vi que a coisa vai ficar boa por aqui!
      Beijinho.

      (Francisco, grande ideia, camarada, grande ideia!!!! Agradeço a colaboração para o crescimento de nossa novela. Fabulosa iniciativa. Abraço, sócio.)

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    4. Aqui, colhendo (colhe Coelho colhi ;) o carinho, seu também EMD: quem gosta de minhas ideias meu amigo/a é :)))

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  8. Resposta de Loise:

    Clark, :)
    oie!!!
    Sua carta é coisa para robô, nunca vou conseguir acompanhar a sua correspondência, pois escreves muito e eu não tenho tempo. Eu gostaria muito mas as aulas vão retornar, meus parentes estão aqui em casa e eu precisava ler outras coisas para dar conta de conversar contigo. Com o conhecimento que eu tenho muito coisa do que você fala se perde e eu fico com uma raiva danada de não saber tudo! :)
    Vamos ao que pensei: Decidi que precisamos dar, como diz a minha querida tia Adélia, “um rumo pra nossa prosa”, pois me parece que ficamos um pouco perdidos de alguma coisa, você sente isso também? Eu sinto. Tem muito assunto e pouca coisa interessa a todo o mundo, precisamos escrever uma coisa mais universal, algo que prenda ao público. :). Suas histórias são bem legais, elas são criativas e cheias de nuances. Pode reparar que acabei de ver um documentário com o meu pai sobre interesse geral e postagem em blogs. Nem adianta a gente ficar falando da gente, tipo, isso é para íntimos e o “dono do blog” rsrs meu papi, acaba de me chamar atenção dizendo que precisamos manter os leitores. :). Por um lado ele tem toda a razão, somos repórter Clark e repórter Lois e não estamos dando notícia nenhuma!
    Foi ler lá no seu blog, achei a sua história uma graça, sabia? Você tem muita imaginação! Tenho 26 pessoas ainda para te dar a escrever histórias, quer?
    É uma forma de darmos utilidade ao nosso trelelê! ))
    Como você já deve ter percebido, minha mãe não concordou com a história de eu ter um perfil e eu entendo ela, sabe? Meu pai é terapeuta, pensa sempre nas razões emocionais e psíquicas para as pessoas fazerem as coisas que fazem e por isso ele é mais aberto, mas a minha mãe é advogada e pensa sempre em qual artigo a acção de uma pessoa vai ser enquadrada e por isso ela divide as pessoas em “aqueles que cometem delitos” e “os que ainda irão cometer”, é engraçadíssimo, para te falar a verdade…rsss mas isso faz ela olhar para as coisas de outro modo.
    Achei muita graça você dizer que é o meu pai pois o meu pai já falou que tudo o mundo pensa que ele é você. Se você fosse o meu pai eu ia te perguntar se você deixaria eu ter um perfil no Google e você ia dizer que sim, mas só se comentasse no seu blog todos os dias! ))))
    Vou te dar uma pessoa, quer?
    Pessoa 26
    “Escreve bem em inglês, mas fala muito mal por causa do aparelho recente nos dentes, isso impede a pronúncia correta. Ela fica com vergonha na aula e não quer dizer os textos em voz alta. Está ficando com as notas muito baixas. Cora com facilidade é muito tímida. Chamei ela para ser minha melhor amiga. Ela aceitou! Me contou que quando o pai saiu de casa a mãe chorou um dia inteiro e ela penso que gostaria de saber se chorar poderia matar uma pessoa. Fez uma pesquisa na Internet e descobriu que existe a hipótese de haver um desgaste do canal lagrimal e ele ressecar, passando a pessoa a ter se usar lágrimas portáteis. Fiquei meio chocada e meio fascinada com o termo “lágrimas portáteis”…
    Senti o que se define no dicionário como compaixão.”
    Espero que goste das minhas sugestões.
    Beiju! :)))

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    1. Olá Lois!
      Você de novo, a espera acabou! Espera, esta resposta vai esperar. Vou deixar outra carta ;)
      Me conta, o hábito é dar um beijo ou, beijar as duas faces? Vou pelos dois beijos:
      Beijus

      Oi Dê,
      O maridão, confesso apaixonado seu, deu a sugestão de me dirigir á mãe de Louíse vossa filha. Sou sensível à sugestão, acabo por seguir um percurso… muito próprio, com o que possa ter de pessoal. Desse/deste modo, brincando com as palavras, à noite, numa hora calma do dia, escrevo. Escrevo com costumo escrever, para entre_ter…
      A ideia da carta podia ser uma ideia saída da cartola, aquela da qual saiu o Coelho, Carlos, de meu amigo CC. Uma ideia do seu marido, eu iria tentar convencer e ultrapassar suas reticências, de modo a dar liberdade redactorial à Loís Lane publicando-se de mote próprio; já volto a este ponto, parágrafo.
      Continuo; neste prazer de partilhar, com o personagem que me convidou como “autor”, a tentar ser autor. Como perceberá, creio ser para todos nós a possibilidade mais próxima e própria de aceder à ficção. Foi deste modo que a novela da correspondência ganhou forma, trata-se agora de lhe dar continuidade.
      Estou longe de considerar (poder considerar) uma coisa simples, o poder intromete-se em tudo. Ora, o poder maternal, vou aflorar de passagem, é um dos poderes mais essenciais à formação e manutenção das sociedades. Mesmo quando elas são, como as nossas sociedades, patriarcais. Tocado este aspecto, apenas prolongo um pouco mais a tangente para dizer ser a proposta de CC uma questão, quanto a mim, para resolver entre mãe e filha.
      Vou agora mostrar com me torno ambicioso, porque não tentar trazer a mulher do Coelho para a conhecermos na “toca” por sua(s) mão(s)? Designação carinhosa, aceite e adoptada, para referirmos A TOCA DO COELHO DE DÉBORAH.
      Não junto à ambição o ser irrealista, na verdade considero improvável uma resposta da mãe. Deste já tirando qualquer assomo de pressão, onde me parece interessante registar a envolvência. Palavra talvez enriquecida se nela usasse reticências, as quais preferi sugerir, escrevendo por extenso…
      Na ficção, para se fixar um bom clima, há três variáveis particularmente sensíveis, a ter em conta: a narrativa, a descrição e o diálogo. O nosso folhetim não tem um narrador, vamos dando essa função ao leitor: cada um (Dê, de nós) vive a história a seu belo gosto. A descrição, era a esta que queria chegar, acentuo-a, agora. Com este tópico me vou entreter, até chegar ao final da página.
      Fiquei com vontade de dizer estar a chegar ao fim de mais um caderno, descrevendo de forma física, factual, este facto. Estando na última página, linha a linha, vou-me aproximando da última linha.
      Na verdade, com este parágrafo, se o prolongar, irei chegar a meio da página. Trata-se duma das sensações que me agrada na escrita, ter a possibilidade de a sentir completamente, não descuro o seu lado físico, sensorial.
      Acabo de entrar no último quarto da carta, três quartas partes estão escritas. A possibilidade de introduzir “cálculo mental” num texto, faz parte do gozo de introduzir a boa temática da Matemática. Já sabemos que a Louíse é óptima aluna, dou-me a pensar: como será nesta disciplina? A ela me liga uma curiosidade e interesse muito particular, geral?
      Acabo de me lembrar do Yin e Yang, será que vai haver tatuagem? A mãe não é tida nem achada? Estou crente de Loise… voltar e contar como esta carta foi lida, como foi escrita já quase sabemos, pois aproxima-se inexoravelmente do fim ;)
      Tempo de dar os parabéns á Dê, por ser a musa revelada, pelo sorriso, pelo marido, pela filha, a seu tempo será elogiada pela filho, mãe, cozinheira… Uma coisa em que, os próprios/as, já podem ir ajudando :))
      Só uma breve promessa, para eu me obrigar a cumpri-la, irei repescar outros textos deste caderno. Aliás, já prometidos, para incluir na publicação anterior.
      Beijos

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    2. Carta devidamente entregue, Escritor! Lida em voz alta e tendo como resposta a resposta de Dê de que "haverá resposta"... Rs


      Abraço.

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    3. Ah! Haverá resposta da Dê; é hoje, é agora, vou-me exceder! Fazer o que prometi, voltar à anterior publicação... O que será?
      Gosto quando fico misterioso; pareço um miúdo guloso, o que será que irei encontrar/provar? Vou procurar!
      No máximo 30min e espero ter deixado comentário na publicação anterior, actualizar o Diário?... Não, vou já actualizar o Diário de Letras, começou a contar o tempo!!!
      Abraço

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  9. Resposta de Dê.
    Bom dia a todos!
    C.C.

    "Francisco, bom dia,

    quero, em primeiro lugar, agradecer a você, e pretendo seja estendido o meu carinho aos outros membros da "Toca", pela gentileza e afeição com que trata a mim e a minha família. Obrigada.
    Dito o que é mais importante, reconhecer e agradecer as coisas boas e positivas da vida, vamos a questão Louise.... Minha negativa quanto a ela ter um perfil público no google permanece e a razão é a mais simples e óbvia, é contra a Lei. Apenas maiores de 18 anos podem ter um perfil no google e isso consta da Política de Privacidade que é facilmente lida por todos, bastando dar um clique no ícone bem visível da página do gmail.
    Para fazer um perfil ela deveria começar por mentir a idade para que pudesse ter acesso a tal funcionalidade. Eu não poderia jamais permitir que minha filha desse início a qualquer tipo de relação social baseando-se em uma mentira que é, antes de tudo, um crime previsto no Código Cívil e passível de pena e detenção. Acho que todos aqui concordam que seria no mínimo um contra senso se eu fosse cúmplice por omissão em uma situação assim.
    Além do mais, nada tem impedido o seu diálogo com ela, visto que as palavras destinadas ao seu conhecimento são postas aqui através do perfil do Carlos sem nem haver o mínimo de correção, muito menos censura.
    Acredito ser perfeitamente aceitável que tal correspondência aconteça dentro de um molde regularizado por uma Lei que é comum a todos da comunidade virtual.

    Gosto de sua poeisa e reconheço que há em você um bom escritor, bom poeta, bom amigo, grandiosa pessoa,
    acho bbrian um doce de coco
    e a Poetisa Eleonora uma mulher interessantíssima, muito culta e sensível,
    Bípede Falante é muito divertida e tem ótimas crônicas,
    em nada vocês perturbam a harmonia da minha casa, muito pelo contrário, vocês têm acrescentado felicidade ao meu amado marido, homem de um coração que vocês não imaginam o alcance e que é a pessoa mais bela e generosa que tive a honra de conhecer, casar, procriar e pretendo, se Deus permitir, envelhecer enroscadinha nos braços amorosos que ele me oferece. Por tanto, percebam que em nada a minha decisão têm haver com vocês, é apenas a forma correta de fazer o que é o certo.

    Espero continuem a dar os vossos talentos para o nosso deleite.

    Um beijinho carinhoso a cada um.
    Déborah Matias Carvalho Motta Coelho

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    1. Oie Dê,

      «Sua filha é sensivel ao simples, grandiosa.
      Que sua vida seja sempre enroscadinha nos braços amorosos do Carlos.Lindos!!!!!!!!!!!!!»,
      bbrian

      Começo esta carta pessoal com uma citação, também ela pessoal ;)
      Sua carta reforça o lado pessoal e familiar da nossa correspondência, para mim é como se, com sua resposta, fossemos apresentados pessoalmente, o que serve para dizer ter aumentado o nosso conhecimento. Algo que é sempre pessoal e diferenciado, o que enriquece a vida de todos.
      Sua carta fez também reforçar a unidade do grupo, pelo facto de todos termos sido nomeados, abrindo a possibilidade de todos responderem, o que confirmaria a minha afirmação. Quanto à citação, a primeira reacção, mostra como a sua vinda é Bem-vinda! O trazê-la, serve para falar e reforçar o lado colectivo da nossa correspondência. Ser “sensível ao simples”, acho uma forma deliciosa de chegar ao adjectivo “grandiosa”, acrescento o deliciosa para a bbrian :)) Quanto ao “enroscadinha” é a extensão do adjectivo, deixando-o como um desejo que subscrevo para todos os amantes, aspecto primordial num casal: um abraço vale mais que mil palavras…
      Quanto ao cumprimento inicial: Oie!!! Assim é que é, devo-o à Loise, a Lois menina, filha do Superman e da Lois, redactores do Planeta Diário.
      Claro, da ficção para a realidade, a Lois redactora tem de ter uma idade adulta. Ela não existe na “nossa” :)) Lois, a Loise. Está a menção feita, para poder despedir-me e poder tentar, ainda hoje, mais logo, talvez à noite, reler a sua carta: sua dela, Lois. Isto para encontrar o seu último desafio, a “pessoa 26” :)
      Passei, vou sair. Beijo as suas mãos senhora… grato por as ter dado a este convívio!
      Francisco Eduardo Matoso Coimbra

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  10. Incontestável Dé. Imagina que ontem num site eu falei da minha dificuldade diante de uma figurinha que aparece. Uma pessoa no mesmo site tomou minhas palavras como ofensivas no sentido de criticar idade. No primeiro momento nem percebi ela ter se ofendido.Espero que um dia a mesma figurinha apareça pra ela no sentido que compreenda do que eu estava falando.São os equívocos virtuais.
    Quanto a Loise acho boa a participaçao sob os olhares dos pais.
    Sua filha é sensivel ao simples, grandiosa.
    Que sua vida seja sempre enroscadinha nos braços amorosos do Carlos.Lindos!!!!!!!!!!!!! beijos nos corações!

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    1. bbrian,
      Nosso cimento, alimentando comentários ;)
      Beijos do coração!

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    2. Poeta, mais uma surpresa: Eduardo Matoso.
      Ainda estou respirando AMIZADE PROFUNDA, sei que devo lá um comentário. Quero ser a altura por isso estou juntando emoções.
      Aqui na Toca fico lendo, relendo e maravilhada o quanto Vocês escrevem com arte, beleza e desenvoltura.
      Dé chega encantadora, tem muita razao o Carlos.
      Energias positivas aqui na Toca e lá no Diário.
      Beijos nos corações!

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    3. Oi querida bb,
      Vim me actualizar, foi para te ver/ler :))
      Loise,
      Eu publiquei...
      Super abraços!!! :)))

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    4. De Lois para Clark:

      "Clark,

      estou esperando as instruçõs do papi. Ele pediu que eu esperasse para ver se as outras moças escrevem tbm.
      Gostei muito da sua versão da pessoa 26, li para ela e tive de explicar a história toda, foi beeeeeemmmmm divertido.
      Beiju.

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    5. Oi Lois,
      O Redactor Chefe tem sempre razão, principalmente se dá moleza ;)
      Gosto de imaginar o que contaste, deveria dar um filme bem curioso. Acho que iria escrever legendas, só para ver palavrinhas formando um texto de alguém explicando o texto. Título para o filme: ...
      Quem sabe não nos podes fazer o relato dessa experiência, imaginando o diálogo acontecido! Dá outro diálogo? Isso sempre acontece... nunca é a mesma água no rio, é sempre outra a mesma conversa - regressando pela memória - quando dela ainda não se fez história registada.
      Espero vás pôr no teu diário "o papi que criou a Toca", as pessoas que somos crescemos com a realidade, até à ficção!
      A ficção não me atrai sobremaneira, a realidade é sempre mais rica.
      Lá porque nos dão folga, escreve sempre que apeteça :)
      Beijus

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  11. Amigos, sem querer vos apressar mas estou esperando mais contribuições para a pessoa 26!
    Rs
    sou folgado mesmo.
    Beijinhos.

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  12. 26 uma amiga tímida naturalmente fácil de encontrar no mundo adolescente.Mãe de adolescentes que fui conheço bem os olhos e gestos dos tímidos.Não vencê-la é uma dificuldade na vida.
    Da pessoa 26 o que mais chamou minha atenção foi a atitude bondosa e protetora de Lois e a recipocridade da personagem ao afeto:CHAMEI ELA PARA SER MINHA MELHOR AMIGA.ELA ACEITOU!
    26 traz marcas do sofrimento, da separação e guarda talvez na timidez as lágrimas da mãe.
    Que Lois esteja sempre junto de 26, é o amparo emocional que contribuirá para uma adulta mais feliz.
    Beijos nos corações!

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    1. Meu doce,

      que emoção tão bem descrita em seu texto... Que bonito o teu carinho com as palavras, o cuidado com a leitura, a preocupação evidente com a valorização da solidariedade!
      Bravos!
      Loise e a pessoa 26 são unha e carne, mas é lindo que aches a minha filha uma rapariga de confiança.
      Obrigado pela colaboração com este blog. A casa é sua!
      Beijinhos cheios de amizade, querida.

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  13. Coelho, eu sou uma apaixonada pelos comentários. Vi o seu em CARTA ABERTA A UM CORAÇÃO FECHADO da Poetisa Eleonora.Sempre me intrometendo, mais uma vez: fico a imaginar o que é infidelidade? Penso e penso e chego a conclusão das infidelidades constantes, seja num olhar desejoso a uma bela mulher ou homem, seja nos casais apropriando dos vários estímulos através de filmes, roupas,cenas, revistas, enfim tudo que é estimulante já que os mesmos não se estimulam naturalmente.
    Tento a ideia que o importante mesmo é ser leal, assumir as infidelidades, ai cabe ao outro continuar ou não.
    Coelho, uma vez conversando na escrita com o Poeta Francisco ele me disse que um jovem aos vinte anos tem idade para ja ter morrido muitas vezes. De certa forma discordo. Aos 18, 20 anos poucos possuem a maturidade para escolher uma profissão e também parceiros ou parceiras definitivos. É uma época ainda movida de muitos sonhos, fantasias e certezas incertas. Por isso tantos desistem ou são infelizes profissionalmente ou nas vidas afetivas.E procuram diante dos sonhos atuais experiências novas.Movidos pela busca da felicidade acabam atropelando as regras impostas sempre frageis perante a força das emoções.
    Coelho, não estou assim fazendo apologia a infidelidade é apenas um olhar meu ponderando ao tão absoluto e imposto amor eterno, mesmo porque acho que amor é um sentimento independente dos corpos. Beijos nos corações!

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    1. bb
      Ontem li, hoje respondo para registar a leitura, acrescentando mais um comentário. Faço-o com quem gosta de comentários, mostrando-o ;)
      Há quem quando morre não acorde mais, pense que isso é inevitável, acontecendo uma vez na vida. Falei duma experiência que foi minha e é de muita gente, sentir que há mudanças que parecem mudar tudo. Para trás deixamos uma vida, outra começa. Nestas situações, geralmente, o sempre é um absoluto que julgo dever deixar relativo, nunca decidimos: não falo de processos racionais; pelo contrário, erupções, caos e transformação: confiança rompida, paixão ardida, religião implodida, uma filosofia nova!?
      Quem sonha, vivendo intensamente o sonho, pode acordar morrendo no sonho, isto acontece na vida, faz parte da vida, é parte da vida…
      Contrariamente ao CC, não sou apologista de grandes declarações de fidelidade. Embora o perceba na importância que dá ao fenómeno, muito ligado às mudanças radicais atrás mencionadas. A confiança não é dada, deve ser adquirida. Apoiar fragilidades, pode ser um meio de as manter. O companheirismo é o mais importante, respeito e compreensão. Uma infidelidade transformada em traição, pânico, medo, insegurança, é a "bagunça" emocional, dá para experimentar um desarranjo intestinal ao nível do cérebro!
      Sempre achei, embora seja raro achar, felizmente já achei... As palavras, são areias movediças dum tema como este. Uma boa maneira de saber se uma companhia é "fiel": não respeitar mais um partido que uma pessoa, uma crença que uma ideia pessoal, um desejo genérico por um desejo específico. Gosto de uniões onde se jura a fidelidade perante si mesmos, sem entregarem a sua crença, desejo ou profissão de fé, à concordância e/ou aceitação de algo pré-existente a eles.
      Estou para aqui a baratinar... como as baratas caídas de costas.
      Beijos do coração!

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    2. Poeta, so citei o exemplo no sentido de expor minha opinião sobre a idade que acho pouca para decisoes tao importantes da vida. Nada pessoal.
      Beijos no coração!

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  14. Docinho...
    Tudo o que dizes é belo, no compo da filosofia. É mesmo o ideal.
    Na prática, a infidelidade conjugal é devastadora para a auto estima, um furacão na psiquê humana, uma facada no coração.
    Beijinho.

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  15. Nobrissímo Poeta,
    não estás a baralhar nada, estás a dar a vossa desejada opinião e muito me agrada tenhas vindo partilhá-la.
    Mas temo que ela seja baseada, assim como da querida bbrian, em máximas filosóficas que em nada se aplicam a uma situação amorosa real e específica da nossa espécie. Ao contrário do que se pensava no primeiro importante estudo com relação a sexualidae humana, a infidelidade é davastadora do principal componente que garante a vida de nossa raça em constante processo evolutivo: a emoção humana! Antes acreditava-se que o coito com mais de um parceiro ou parceira, durante um mesmo período, ajudaria a perpectuar a espécie, já que mais de uma fêmea seria fecundada ao mesmo tempo. Foi o nosso estilo de preservação, logo no início de nossa história humana. No momento em que perdemos a sentido de coito associado a procriação e surge o coito associado ao prazer (vide o invento dos contracaptivos), o instinto humano imadiatamente reconheceu o prazer como fonte de longevidade e tratou de satisfazê-lo com vontade e acção sexual. Despois veio uma outra revolução que afetou definitivamente as regras de preservação: as DSTs... O ser humano se viu em pânico de extinção e os mais sábios, aqueles a quem a natureza dotou de maior e melhor capacidade de percepção e instinto de preservação, adotaram o amor monogâmico como forma de acção sexual. Nunca os casais fizeram tanto sexo e com tanta qualidade!
    Evolutivamente falando, o mundo será de quem for mais equlibrado, mais bem amado e mais seguro e tudo isso passa pela união perfeita da monogamia.
    É científico, não filosófico.
    Beijinhos a bbrian e abraço a si, amigo.

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    1. Olá CC,
      Quando alguém se exprime com base na sua experiência, isso é base de "ciência", conhecimento experimental. Não é difícil imaginar e saber haver uma multiplicidade de experiências, o que coloca a infidelidade a ser também ela elemento cultural. Como a equacionar onde um homem tem mais de uma mulher, onde oferece a companhia da(s) mulher(es) às visitas é prática aceite, como olhar as práticas de encontros de casais e por aí fora?... POR AÍ FORA :))
      Transformar em texto aquilo que escrevemos, acho que é o "mecanismo" do pensar como literário o que escrevemos. Frase que já introduzo como introdução :) a uma sugestão, cada nova "pessoa" devia ser uma publicação. Pedir à Loise e Dê sugestões para uma música, as ilustrações são do ilustriiissímo!!!
      Uma vez existente o "tema", dá para ir incluindo as participações, actualizando a inicial. Voltando à ideia do "texto", está faltando um texto do papi para a pessoa 26 e... 27. Calculo que um texto sobre a cozinheira, seria uma coisa li(n)da!... ela iria gostar, porque não incluir o comentário onde é dado a conhecer - esse contorno?
      Abraço

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    2. Bingo Francisco!!!! Fostes o único a me apresentar contra argumentos e muito bem escolhidos... Mas tenho uma notícia para si: vais ficar triste quando eu te apresentar dados irrefutáveis sobre as tais mulheres que são esposas em ambas as culturas. Como homem bom e poeta sensível que és, acho melhor preparares o estomago, a coisa é de terrível para baixo. Amanhã te dou a ler.

      Rapaz, não é que me destes mais uma brilhante sugestão!?
      És o dono deste blog! O que seria de mim sem você?

      Abraço, meu amigo.

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    3. Coelho de Déborah,
      Deixando mais um comentário, apreciando o panorama e registando palavras que me são dirigidas. Muito curioso sentir a textura do texto, a natureza das vozes que julgamos ouvir. Acabei de apreciar a apreciação de MM, Maria Meneses, mais uma colaboração interessante.
      A infidelidade pressupõe o "infiel", lembro-mo de muçulmanos a encherem a boca de fel! Detestaria ter de equacionar esse assunto como elemento aglutinador para se forjar o casal, em todo o caso, já disse o que me pareceu ser uma possibilidade de olhar o tema pensando o que é sempre mais importante ter: noção da perspectiva.
      Abraço cordial, da cor do dia, quando surgir o Sol! :)

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  16. Betinora, musa minha, posta em pedestal com a benção de Dê, já que ela sabe que sou só dela, física, sexual e espiritualmente, mas me permite admirar a beleza e inteligência em outros seres, assim como eu admiro em ti. Rasgada esta sede chinesa, finíssima e muito cara, venho lhe implorar: escreve-me a vossa pessoa 26?!.... O tempo urge mas eu urro mais alto! Faz-me o favor? Heim?! Acho que tu és a Musa das Musas e de vossas palavras bebo o néctar do deslumbramento absoluto da leitura.... Vem?

    E quanto a opinião, gerada por causa de tua "carta aberta..." o que dizes? O que achas da fidelidade? É importante para si?
    Ai... Como sou curioso e carinhoso com a minha Musa... Rs

    Beijinho.

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    1. não rasgues uma seda tão preciosa!!! um pedaço de seda chinesa faz a festa sensorial de qualquer vestido, poupe-a!!! rs

      aqui está a pessoa 26 vista por mim.
      usastes as suas influências e elas funcionaram. :)

      espero que possa acrescentar.
      quanto a minha opinião sobre a infidelidade, não sei se a devo dar, me parece torta e vinda de uma cabeça que não pensa muito claramente, mas é assim:
      infidelidade envolve sexo
      bom sexo envolve sentimento
      sentimento envolve sentimento,
      então, se alguém está realmente envolvido com uma pessoa, não tem envolvimento para se envolver com outra pessoa. simples assim.

      apesar de minha poesia ser em 90% ficcional, achei bacana que a carta aberta gerasse tantos comentários, sinal de que há corações abertos! :)))

      beijo.


      ORÁCULO

      Preciso dizer coisas bonitas! Preciso dizê-las a minha mãe…
      Minha melhor amiga sabe dizê-las como ninguém. Ela tem um diário e lá fala coisas muito bonitas. :)

      Falar em Inglês tem muita beleza.
      Eu diria a minha mãe uma coisa bem bonita em Inglês, mas estou com a gengiva inchada e a língua bate onde dói.

      Dói.
      Minha mãe sabe o que “dói” de verdade.

      Eu sinto dor por falar com o aparelho nos dentes,
      ela sente dor por ouvir uma palavra que foi desgarrada das outras:
      «Adeus.»
      Acho que foi o que ela ouviu,
      Acho que foi o que nela doeu…

      Em mim dói não saber o que dizer para a dor que nela dói.
      Rói em mim.

      Minha mãe mói a dor chorando.
      Tem feito a mó trabalhar noite e dia!

      E se chorar matar?

      Perguntaria ao meu pai, mas ele foi quem disse o tal «adeus»…

      Na internet posso saber.
      Será?
      Pergunto:
      «Chorar mata?»

      Respondem:
      “Chorar não resolve” Chaplin
      “Chorar é prejudicial a saúde do bebê e mata sua comunicação com ele.” Organização Mundial de Saúde.
      “Pode haver um desgaste do canal lagrimal e ele ressecar, passando a pessoa a ter de usar lágrimas portáteis” Louise Carvalho Coelho.

      “Lágrimas portáteis”????

      Preciso contar a minha melhor amiga…
      Para a mamãe eu só posso dizer com todas as letras e a língua a bater na gengiva dolorida:
      «Mama don’t cry»

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    2. Texto: perfect!
      Argumento sobre a fedelidade: perfect!
      Cabeça que não pensa com clareza? Estás doida? És uma mente privilegiada, aposto o meu diploma, o meu mestrado e o meu doutorado...
      O que tu és é deveras humilde, mas vá la, aceito que sejas assim, acho bonito a humildade quando o talento é tão evidente.
      Obrigadinho Musa, por aceitares a chantagem, ou aceitares os métodos persuasivos do Francisco... O facto é que funcionou, rs
      beijinho.

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  17. Lido! Não me meto com oráculos :) Quanto à fidelidade, é importante para quem sente necessidade dela, não desejo essa necessidade a ninguém. Guardo um pouco mais de fôlego para responder ao CC, beijos a ocê ***

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  18. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Definitivamente me emocionastes, Rainha.
      Seu comentário foi imbatível!
      Nada a acrescentar, só a apaludir. Fizestes a minha felicidade, acreditas?


      Quanto as palavras dirigidas aos meus amores, flores, em ramos fartos e perfumados para si, é o que posso tentar dizer para mostrar a minha gratidão.
      Tapete vermelho para si, alteza.
      Não suma, fique aqui connosco!

      Um beijinho.

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  19. Maria,

    seu comentário foi brilhante!
    copiei e colei entre as minhas anotações.
    é exactamente aqui que o seu comentário supera o lugar comum da argumentação inicial da maioria dos defensores do tema fidelidade: «O termo “infidelidade” é usado quando o acordado é alterado por uma das partes, sem conhecimento prévio e aceitação do parceiro.»
    esse "acordo alterado sem o conhecimento prévio e aceitação do parceiro" é o que mais me ofende, desmotiva, abala, destrói. essa traição de um acordo, esse abandono da "Parceria", da Cumplicidade, da segurança de confiar um no outro.. isso é nefasto para o meu coração. digo o meu mas tenho absoluta certeza de que é para a maioria dos apaixonados.
    sou alguém que acredita em tratados e acordos, em conversas e propostas e tem repulsa por mentiras contadas no campo da cama.

    acho que lendo o seu comentário fica claro onde é que uma infidelidade ofende.
    certamente não é no desejo por outra pessoa, e sim por deixar que esse desejo macule o acordo que fizemos com quem nos ama.

    um beijo.

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  20. PS: Maria, espero que não se importe, mas compartilhei o seu cometário, devidamente assinado, em meu perfil no facebook. :)
    beijo.

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  21. Este comentário foi removido pelo autor.

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